Após duas semanas totalmente parado, sem qualquer treino, decidi, na noite desta segunda-feira, 11, que iria fazer o treino de ciclismo da terça.
Tal decisão estava sendo trabalhada desde o final da tarde de ontem (segunda-feira), quando, ao esperar o término da aula de guitarra do Leo (meu filho), decidi ir para a Beira-Mar de Fortaleza rever os amigos do basquete. Como de costume, às segundas, quartas e sextas, entre 16:30 e 18h, sempre acontece o rachinha de trinca (linguajar usado no basquete).
Cumprimentado por todos, incontinenti, veio a pergunra:
- Vai jogar?
De pronto, numa espécie de reflexo condicionado, respondi:
- Não!
E fiquei assistindo o jogo por alguns instantes. Como o basquete é espetacular em sua plasticidade! É mesmo lindo! Uma arte! E EU NÃO AGUENTEI! Intimamente, mandei a lesão no pé "à merda" e entrei no racha, mesmo estando de calça jeans (naquele momento, a vestimenta não pareceu ser qualquer empecilho). No entanto, tratei de dizer que estava numa condição "meia-boca".
Joguei, ao todo, três partidas de 20 pontos. E, pouco a pouco, fui-me soltando. Arrisquei, inclusive, duas ou três infiltrações no garrafão. Mas isto não era o importante. O que verdadeiramente valeu foi a sensação de estar mais vivo do que nunca! Fui invadido por uma alegria imensa, e, sem dúvida, saí da quadra um homem muito melhor do que aquele que nela entrou. Chegada a hora de pegar o Leo na aula de guitarra, despedi-me dos amigos do basquete e fui.
Ao chegar em casa, vi, via internet, as tratativas dos companheiros de equipe do triathlon quanto ao treino de ciclismo da terça. Decidi ir. E tratei de arrumar as coisas. Fui, primeiramente, pegar a bicicleta. Esta fica alojada na varanda, coberta por uma capa própria para tal fim.
Comecei a retirar a capa da bike e, para minha surpresa, ao tempo em que ela ía se mostrando, invadia-me outro sentimento muito bom. Percebi que não a via há duas semanas, e que o simples fato de estar admirando-a novamente já era o suficiente para me trazer alegria. Foi estranho! Foi bom! Foi uma sensação de quem está descobrindo um tesouro há muito tempo perdido.
Naquele momento, tive a confimação de que estava decidindo acertadamente. Eu tinha que ir treinar na manhã seguinte! E arrumei tudo em poucos minutos. Tudo pronto!
Mas.... quem disse que o destino não apronta suas ironias? Ele me faz passar por tudo isso, transforma minha alma, dá-me vida nova, e, na manhã seguinte, cai um pau d'água enorme, impossibilitando a realização do treino.
Nova lição! Ou seja, mesmo sem a possibilidade de treinar, ou melhor, mesmo sem ter realmente treinado, tudo mudou. O estado de espírito mudou. E a ânsia pelo treino de ciclismo da quinta-feira próxima cresce exponencialmente.
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