Ironman Brasil 2011

Ironman Brasil 2011

segunda-feira, 18 de março de 2013

Campeonato Brasileiro de Longa Distância 2013


Olha quem veio dar força ao papai.
Faltou só o Leozão!
Antes de mais nada, peço desculpas por passar tanto tempo sem escrever neste blog. Mas, como já disse em outras oportunidades, escrevo quando tenho vontade.

Desta vez, aqui venho contar como foi minha prova realizada no sábado passado, 16 de março de 2013. E escrevo muito mais a pedido de um amigo do triathlon do que por vontade própria (é... a preguiça tá grande!!!).

A prova mencionada foi o Campeonato Brasileiro de Longa Distância, disputado em etapa única, na praia do Cumbuco, município de Caucaia, região metropolitana de Fortaleza. Tínhamos que nadar 3000m, pedalar 80km e correr outros 20km. São distâncias aproximadas às de um Meio Ironman (1900m + 90km + 21km).

Pois bem! Desde meados de novembro do ano passado que procurei doar-me mais aos treinos. Com treinador novo, vem ânimo novo. E o foco principal, a saber, o Ironman Brasil 2013, é outro grande motivador.  Assim, não posso negar que treinei bem da virada do ano até hoje.

Mas vamos ao relato da prova.

Natação



Entre as duas voltas da natação

Eram duas voltas, em formato retangular. Ou seja, largávamos da areia entrando no mar perpendicular à praia, rumando até uma jangada, a qual contornávamos para a esquerda, passando a nadar paralelo à areia e em direção à outra jangada. Novamente, contornávamos a jangada para a esquerda, indo em direção à areia. Chegando na praia, correríamos até o ponto da largada, entrando no mar para mais uma volta.

Como sempre, sem muitas expectativas. No entanto, entrei muito bem na água. Senti-me confortável, acompanhando os bons nadadores por um bom período. A respiração encaixou e e as braçadas estavam soltas. E fui! Terminei a primeira volta e olhei para os que corriam na areia. A distância não era tão grande para alguns que sei que nadam muito bem. Fiquei mais motivado.

Na segunda volta, já entre as duas jangadas, vi Andrea Queiroz, que, apesar de ter largado 30 segundos depois (largada feminina), ainda estava ao meu lado (ela nada muito bem). Foi mais um estímulo. Na reta final da natação, Andrea abriu um pouco, e eu saí da água bastante satisfeito. Impende dizer que meu relógio marcou apenas 2.400m de natação. Ainda assim, não posso negar que fiquei bastante feliz com meu resultado no mar.

Ciclismo



Para minha surpresa, o céu estava nublado. Esta prova é realizada na época mais quente do ano aqui no Ceará. Assim, quanto menos sol, menos desgaste. E aquelas nuvens eram muito bem-vindas. Iniciado o pedal, comecei a trabalhar a cabeça para fazer um ciclismo consistente, forte, mas sem inutilizar as pernas para a corrida. Recebi e-mail do treinador na véspera da competição indicando a melhor forma de realizar a prova, tendo em vista não estarmos treinando especificamente para ela (lembrem-se: o foco é o Ironman Brasil). E segui a orientação do "coach".

Nesta hora é que precisamos ter cabeça, pois o ciclismo, muitas vezes, aparenta estar fácil demais. Ou seja, temos a impressão de não estarmos fazendo a força que temos, e que os outros estão tirando ou abrindo distância de você.

Eram 5 voltas no circuito, para que completássemos os 80km. Na segunda volta, cai uma forte chuva. Mais uma surpresa. A chuva acabou por trair muita gente. Várias quedas foram vistas. Alguns caíram mais de uma vez. Fui comedido e fiquei um pouco mais lento, evitando um possível acidente. Muito cuidado nos retornos e, principalmente, no contorno de duas rotatórias traiçoeiras. Estas, por sinal, foram as responsáveis por muitas das quedas verificadas durante a prova.

Segui minha suplementação conforme planejado, e terminei o pedal de forma satisfatória. Restava testar, na corrida, se a estratégia teria sido a correta. Antes de relatar a parte da corrida, não posso deixar de dizer que ultrapassei, durante o ciclismo, alguns bons nadadores e fortes concorrentes da minha categoria. Mas sempre mantendo o mesmo padrão pré-determinado para aquela etapa da prova.

Corrida




Fiz uma rápida transição. E fui correr. A primeira impressão foi a de que as pernas estavam inteiras. Isto deu mais confiança. O pace também estava pré-determinado, e tentei mantê-lo. A primeira volta é de adaptação do corpo à nova empreitada (corrida). Aos poucos foi ficando mais confortável, e vi que abri boa distância para alguns que fizeram a T2 (transição ciclismo - corrida) comigo. Fechei a primeira volta, 5km. Ainda faltavam três.

Neste momento, ao abrir a segunda volta, ouço o amigo Carvalhinho me chamar. Ele, que havia abandonado a prova após uma lamentável queda da bike, logo na primeira volta, a qual quebrou a gancheira, gritou incentivando. Disse que eu estava muito bem e que tinha que manter o ritmo. Aquilo foi o mesmo que por o dedo na tomada. 220 volts de energia. Não vi mais ninguém. Eu só vi o Carvalho gritando e incentivando. E continuei na mesma toada.

Conseguia manter o pace. E isto era surpreendente, pois, para quem faz longa distância, sabe que a corrida vai minando suas últimas forças, e te fazendo ir mais lento. A segunda volta transcorreu rápido, e recebi incentivos de amigos que estavam um pouco atrás, mas já me parabenizavam pela excelente prova. Eu tinha que manter o foco. Ainda faltavam 10km.

A terceira volta não foi boa. Foi a pior das quatro. Senti faltar pernas. O pace subiu. Mas ainda assim era um pace muito melhor do aquele que consegui praticar em outras provas longas. Deu vontade de olhar no relógio o tempo total da prova. Mas coloquei na cabeça que só o faria quando abrisse a quarta e última volta. A terceira volta passou devagar, mas com o alento de que a última estava por vir.

Ao fazer o retorno, abrindo a última volta, olho e relógio e vejo o tempo total de prova. Percebi que conseguiria fazer abaixo do tempo desejado. A alegria e satisfação me invadiram, trazendo fôlego e força extras, e consegui voltar ao pace anterior. Afinal, era a última volta. Vamos acabar com isso logo. À esta altura, o calor já estava terrível, apesar do sol ter se mantido escondido atrás das nuvens. Não havia vento, e estava abafado como numa estufa.

Último retorno feito. Agora, apenas 2,5km para a chegada. A corrida saiu ainda mais tranquila. Reta final. Um sprint só para animar e ferver ainda mais de emoção. Vejo o relógio oficial da prova, pendurado ao pórtico de chegada, e passo por ele aos pulos. Missão cumprida! Tempo meta destruído. E que venha o tal Ironman Brasil 2013.

Vi que estou no caminho certo, e continuarei assim até o dia 26 de maio de 2013. Recebi muito elogios de amigos que tem muita experiência e performance no trathlon. Isto só me deixa muito mais orgulhoso e satisfeito com o que venho conseguindo. Nunca esquecendo de que tudo isto é diversão. Suar por diversão. Sofrer por diversão. Baixar seu próprio tempo por diversão. Neste último sábado, dia 16 de março de 2013, eu me diverti muuuuuito.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

14 years ago



Há 14 anos, numa manhã de sábado, precisamente às 07:42h de um ensolarado 21 de novembro, minha vida mudou. E mudou para sempre. E mudou para muuuuuito melhor.

Numa maternidade que parecia ter sido reservada somente para sua chegada, visto que nenhum bebê nasceu naquele dia, além dele. Anunciava-se, pois, uma grande chegada. O mundo recebia alguém especial. Um ser humano puro, e não por ser um bebê, mas puro ao longo de todos estes anos. Enfim, alguém realmente bom.

Naquele dia, ele chegou e me apresentou uma realidade mais ampla. Algo desconhecido para mim. Sentimentos mudaram de perspectiva; minha ótica do mundo já não era mesma. Ou seja, já chegou ensinando. E ensina até hoje. Aprendo muito com sua paz; com sua calma infinita; com sua paciência de fazer inveja a Jó. Aprendo com sua vontade de ser justo e fazer o bem. Aliás, corrijo-me! Ele não tem esta vontade. Não tem mesmo! A justiça e o bem são essência de sua personalidade. E assim, por ser de essência, não carecem de vontade para serem demonstradas. Ele simplesmente assim faz por ser dele; por ser ele.

Ele é especial! E não é porque aqui se vê um pai coruja falando. É fato! Ele é demasiado inteligente. É um excelente irmão. É um filho espetacular. É um neto extraordinário. Tudo isto do seu jeito - calado, tímido, um pouco introspectivo -, mas é.



Sobre ele, eu poderia discorrer tomos e mais tomos, e nem todo o papel deste mundo seria suficiente para esgotar as palavras que traduziriam suas qualidades. Entretanto, este não é o intuito desta postagem. Não estou aqui para fazer uma Ode ao meu primogênito. Estou aqui para expressar a importância que ele tem em minha vida. Expressar o quanto me sinto realizado em vê-lo crescer e aprender coisas boas. Expressar o quanto me sinto realizado em vê-lo identificar e evitar coisas ruins. Expressar o incomensurável prazer que sinto ao vê-lo realizar os sonhos que tinha para mim e que nunca consegui por em prática, como, por exemplo, tocar guitarra e violão.



Ou seja, estou aqui simplesmente para dizer: Leozão, eu te amo! Feliz aniversário!!


terça-feira, 20 de novembro de 2012

Olímpico do Cabra



E é chegada a semana em que será realizado o Cabra da Peste. Para quem não sabe, trata-se de uma prova de triathlon de longa distância. O Cabra da Peste, nas edições anteriores, era realizado nas distância de Ironmnan (3,8km de natação + 180km de ciclismo + 42km de corrida), e de Meio Ironman (1,9km de natação + 90km de ciclismo + 21km de corrida). Entretanto, para este ano de 2012, a organizadora, a saber, a FETRIECE - Federação de Triathlon do Ceará, optou por realizar somente a distância de Meio Ironman. Porém, incluiu a distância de triathlon olímpico (1,5km de natação + 40km de ciclismo + 10km de corrida).

A prova será realizada neste sábado vindouro, 24 de novembro de 2012, na praia do Cumbuco, no município Caucaia, região metropolitana de Fortaleza.

Estou inscrito para o Triathlon Olimpico. E estou muito feliz por isso. Minha intenção inicial era participar do Cabra da Peste na distância de Meio Ironman, mas isto não foi possível. Depois do nascimento do meu filhote, não sabia ao certo quando voltaria a treinar, chegando até mesmo a pensar que o semestre estaria perdido (para o triathlon). Ocorre que voltei, mas não a tempo de conseguir cumprir a periodização necessária para uma prova com distâncias de Meio Ironman. Assim, optei por me inscrever no Olímpico.

Não tenho assim tantas expectativas para esta prova, mas até que consegui treinar bem nestas últimas 3 (três) semanas. A natação, como sempre, preocupa, pois é a modalidade que ainda não consigo encaixar a quantidade suficiente de treinos semanais.

Mas isto tudo não importa. Estou voltando a participar de uma prova de triathlon desde abril deste ano de 2012, quando aconteceu a I Etapa do Campeonato Cearense de Triathlon Olímpico. Isto sim é o que interessa. Será minha única prova do semestre, apenas a terceira do ano. Um ano que só fiz uma prova longa (Campeonato Brasileiro de Longa Distância); mas um ano atípico e especial.

Quem sabe não tenha sido bom e necessário. Afinal, o Ironman Brasil 2013 vem aí!!!

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Camel Cycling



E os treinos caminham numa sequência incrivelmente boa. QUE MARAVILHA! E quando fazemos muitos treinos, inevitavelmente surgem novas histórias. Sejam boas ou ruins, engraçadas ou tediosas, - não importa - sempre surgem.

Hoje estava previsto um treino de ciclismo de 40 km com alguns tiros. Ótimo! Animado, organizei o material do treino na noite anterior, como é de praxe. Assim, pela manhã, fica mais fácil e você consegue alguns minuitos a mais de sono.

Entretanto, nem sempre conseguimos unir toda a tralha na hora da saída. No treino de hoje, acabei por esquecer a caramanhola. Resultado: treino no estilo camelo. SEM ÁGUA! Pensei que eram apenas 40km, e que não seria nada assim tão sofrível. E fui.

O treino transcorria sem problemas, quando chega a hora do gel de carboidrato. Aí a ficha caiu! PQP... sem água! Gel de carboidrato sem água é um verdadeiro selante para a garganta. Mas eu pensei no treino. O treino é forte, de tiros. Ainda que curto, tendo em vista a intensidade, não consumir o gel poderia diminuir muito o rendimento na segunda metade do treino.

Sem pensar mais, mandei o conteúdo do sachê para dentro. E era língua para cá, língua para lá, rezando para salivar mais e ajudar da diluição daquela "cola" que secava na minha boca. Não foi uma sensação boa, mas, com alguns minutos, a coisa foi voltando ao normal.

No fim das contas, consegui fazer o treino todo certinho, sem "quebrar", e sem água. Fiquei pensando que isto só foi possível porque era um treino de ciclismo. Se fosse corrida, acho que não teria qualquer chance de êxito.

Agora, tenho que redobrar a atenção no momento de sair de casa, para nunca mais esquecer a abençoada água.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

30 Anos de Triathlon no Brasil



Para quem não viu, sugiro que se esforce para assistir ao programa sobre os 30 anos de triathlon no Brasil, o qual foi exibido pelo canal Sportv.

Para ajudar a galera, aí vai o link para assistir a íntegra do programa.

30 ANOS DE TRIATHLON NO BRASIL.

Divirtam-se!!! E aprendam um pouco mais sobre este esporte maravilhoso!

Oi.... voltei!

E aí, galera? Pois é, estou de volta. Será que aparecerei por aqui com mais frequência? Sinceramente, não sei! Mas tentarei.

Desde o nascimento do caçula/mais novinho/coisinha, foram apenas 3 postagens. É! Desde 27 de junho, postei apenas três vezes. Foram 4 meses onde a prioridade MÁXIMA era o pequeno. Falo máxima porque ele, assim como seus irmãos, nunca deixarão de ser a prioridade.


Coisinha hoje, aos 4 meses.

Entretanto, o trithlon não ficou de todo encostado. Nos primeiros meses, treinei quando era possível. Providenciei um rolo para a bicicleta, e este salvou-me incontáveis vezes. Já no terceiro mês a coisa começou a ficar mais rotineira. E rotina significa possibilidade maior de treinar. Consegui manter uma regularidade (se é que posso assim dizer) bem melhor. Hoje, já em meados do quarto mês de vida do menorzinho, a rotina e a regularidade já são fato. Treino há duas semanas conseguindo fazer 100% dos treinos. E - detalhe - com empolgação redobrada.

A intenção era fazer o Cabra da Peste, prova com distância de um Meio Ironman, realizado aqui no Ceará. Entretanto, não foi possível voltar a treinar com tempo suficiente para a periodização necessária. Resolvi não arriscar, e inscrevi-me no triathlon olímpico que ser realizado na mesma oportunidade do Cabra da Peste.


Após esta prova, chega a intertemporada, e com ela algumas provinhas de corrida de rua que animam o calendário e os corredores de Fortaleza. Minha queridíssima mulher voltou a treinar, e também recuperou a empolgação de outrora. Ano que vem promete! Mas isto é assunto que renderá inúmeras postagens neste blog.

Já treinando. Sequiosa por uma Maratona!

O Ironman Brasil 2013 vem aí. E, com ele, todo um período de treinos cheios de histórias a serem contadas.


quarta-feira, 18 de julho de 2012

1 ano



E eis que este humilde blog completou, recentemente, mais precisamente no dia 08 de julho do ano em curso, um ano de existência.

O blog foi motivado pela lesão à qual fui acometido após o Ironman Brasil 2011. Eu sentia necessidade de falar! Obviamente, o foco central sempre foi o triathlon. Mas não limitei o blog. Eu tinha que falar para amenizar a dor (muito mais psicilógica) de estar afastado dos treinos de corrida. E falei sobre tudo: triathlon, corrida, família, amigos, amor, etc. Até rusgas, das quais não me orgulho, foram vistas neste espaço.

Por vezes o blog esteve bastante ativo, antenado na cena do triathlon cearense. Noutras oportunidades, afastei-me um pouco, por força da vida profissional ou pessoal. Mas, sempre que possível, trouxe um assunto, ainda que trivial, para estas humildes páginas virtuais.

Diverti-me com os números de acessos, observando as postagens mais populares. Alegrei-me com comentários de amigos, seja no Facebook ou aqui mesmo no blog. Espantei-me com ofensas gratuitas, acorbetadas pela covardia de um comentário apócrifo (menos mal que tenha ocorrido numa única oportunidade). O fato é que, entre momentos de auge e outros de quase inanição, o blog tem como saldo uma enorme satisfação de ter este canal para extravasar; para enaltecer o esporte; para encorajar pessoas a mudarem seus estilos de vida; para homenagear; para elucubrar; para fazer as mais variadas odes aos mais variados assuntos da vida, sejam relevantes ou banais.

Este blog já trouxe pessoas ao mundo do triathlon. Este blog já foi o veículo para que a história de vida de um atleta chegasse às páginas de uma revista de publicação nacional. Este blog já foi a via pela qual a minha alma se materializou em palavras. E o que mais este blog será? Não sei! E acho que este é o segredo para que esteja dando certo, ou seja, a completa falta de obrigação de escrever. Quantas vezes vi assuntos que seriam excelentes merecedores de uma postagem, mas, por pura preguiça, não o fiz? Muitas!!! Aproveito a oportunidade e peço desculpas àqueles que realizaram feitos, no triathlon, que deveriam ter sido comentados aqui, mas não o foram. Não foi por mal! Foi apenas porque escrevo quando quero, quando estou inspirado, ainda que o assunto seja dos mais profícuos.

Enfim, parabéns ao blog! Vejamos até quando a vontade de preencher estas páginas virtuais mantém-se viva!