Ironman Brasil 2011

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quarta-feira, 9 de maio de 2012

Queda: um perigo iminente!



Foto retirada da internet

Muito se fala sobre os perigos da prática do ciclismo, principalmente do desrespeito dos motoristas quando do compartilhamento das vias com os ciclistas. Entretanto, há um perigo, pouco comentado, mas que é constante. Constante? Sim, infelizmente! E há como afastar tal perigo? Não, infelizmente! É um perigo constante por ser inerente à própria prática da coisa. Estou falando da QUEDA!

Mas alguns, mais desavisados, podem pensar que uma "quedinha" não mata ninguém. Que, até mesmo para aprender a andar de bicicleta, faz-se necessário algumas idas ao chão. Mas, no ciclismo esportivo, não é bem assim!

Como sabido, chegamos a velocidades consideráveis, e nossa proteção restinge-se a um capacete projetado para absorver o impacto. Numa queda, estes capacetes quebram-se, não repassando, ou pelo menos diminuindo bastante, a energia gerada pelo impacto da cabeça do ciclista no chão. Entretanto, o resto do corpo do ciclista é totalmente vulnerável.

Quando iniciamos no ciclismo esportivo, é comum ouvirmos a seguinte frase:

"Só há dois tipos de ciclistas: os que caíram, e os que AINDA não caíram!"

Parece uma assertiva assustadora, mas, a bem da verdade, ela é bem realista.

Então, os riscos de uma queda são suficientes para inibir a prática do ciclismo? Não, de forma alguma! Há muitas formas de diminuir estes riscos, tornando o ciclismo um esporte com riscos assim como todos os outros. Aliás, há riscos em tudo que se faz nesta vida. Não estamos livres de acidentes nem mesmo sob a suposta segurança de nossos lares. Se pensarmos apenas nos riscos, acabaremos por nada fazer, e nos entregaremos à uma espécie de síndrome do pânico.

A prática traz a experiência necessária para um treino seguro. Pedalar com os mais experientes, ouvindo seus conselhos, e portando-se sempre com cautela nos pelotões, são formas de aumentar a segurança, diminuindo os riscos.

A atenção há de estar em seu grau máximo durante os treinos. Costumo dizer que, após um treino de ciclismo, estou mais cansado mentalmente do que fisicamente. Não se pode desviar a atenção por um instante. E, vale salientar, tanto maior a velocidade, maior a atenção requerida. Tais fatores são diretamente proporcionais.

Bem! Mas trouxe este assunto à baila em função de dois acontecimentos lamentáveis ocorridos nesta semana. Um, no domingo, dia 06 de maio, e o outro ontem, dia 08 de maio. Três dos integrantes do Red Team foram vítimas de quedas. Fato raríssimo em nossa equipe, mas, como frisei anteriormente, ninguém está a salvo de tal infortúnio.

No domingo, já ao final do treino, nas proximidades do novo Centro de Convenções, uma pedra levou Erick e Loureço ao chão. Amparados pelo restante dos amigos de equipe, levados ao hospital, o pior ficou para Lourenço, o qual teve fratura na clavícula, vindo a sofrer cirurgia no dia seguinte. Erick teve pequenas escoriações e dores no corpo motivadas pela forte pancada.

Na terça, Pedro Vasconcelos, conhecido no meio do triathlon como Mentirinha, caiu sozinho na CE-040. A velocidade era considerável. No momento do acidente, parecia ter ocorrido coisa mais grave, fato que veio a ser afastado após exames feitos no hospital. Escoriações na face e no braço esquerdo foram o saldo da queda. O susto foi bem maior do que o resultado da queda. O pior mesmo ficou pelo sentimento de quem está treinando há 4 meses para o Ironman Brasil e, repentinamente, ver a possibilidade de não mais participar da prova. Felizmente, foi apenas um susto.

O que importa é que nossos amigos estão bem, em plena recuperação, e sem nada mais grave para os afligir.

Estes episódios lembraram-me de uma grande queda da qual fui um dos envolvidos. Foi minha primeira queda. Lembro-me de cada detalhe daqueles momentos. É algo impressionante! Mas isto é assunto para uma outra postagem.

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