Ironman Brasil 2011

Ironman Brasil 2011

terça-feira, 26 de julho de 2011

Treino de Ciclismo + Corrida



Hoje estou radiante. Não podendo correr, estou cada vez mais dedicado ao ciclismo. E o treino de hoje foi pancada! Eram tiros curtos, mas de alta intensidade. O pelote vermelho, como de costume, tomou a CE - 040.

Após o treino, fiquei particularmente muito feliz. Não sei explicar ao certo o porquê. Talvez por ter mandado uma boa sequência de treinos de ciclismo desde a semana passada. Porém, a planilha de hoje previa uma corrida de 20 minutos após o pedal. Este é um dos treinos que mais gosto. Fiquei verdadeiramente tentado a correr. Ainda mais por estar sentido grandes melhoras da lesão no meu pé direito.

Mas a razão falou mais alto que a paixão. Segurei a onda e não corri. Sequer levei o tênis, para não cair na tentação que certamente viria após o treino de ciclismo, trazida pela endorfina que correria em minhas veias.

Entretanto, o dia em que voltarei a correr está chegando. E espero - ansiosamente - que eu nada sinta (além de alegria) quando voltar a correr.

domingo, 24 de julho de 2011

SIMPLESMENTE INSANO



Os treinos de ciclismo deste final de semana foram muito bons. No sábado, a bem da verdade, o treino era um duatlo. Porém, como ainda estou sem correr, fiz somente a parte do pedal. Pelo menos tive companhia, pois os "comparsas" de equipe que tinham feito o Challenge Roth e a Maratona do Rio também iriam apenas pedalar.

Rodamos 60km no sábado, com vários trechos em marcha pesada! Para piorar, nosso amigo Ventania deu novamente as caras, tonando as coisas ainda mais difíceis. As pernas reclamaram durante o resto do sábado.
Mas nada se compara a este Domingão. Ao final, pedalamos 114km. No entanto, a primeira metade, ou seja, a ida, foi algo muito próximo à tortura. O vento, nesta época do ano, fica muito forte. Mas, hoje (domingo - 24.07.2011), ele estava simplesmente INSANO. Tanto, que a volta foi em velocidade de Tour. Uma beleza!!!! Ricardo Veras chegou a comentar que, desde que começou a pedalar na CE 040, lá pelos idos de 2005, salvo engano, nunca havia presenciado um vento como o de hoje.

Neste domingo, em que o treino foi tão bom, os companheiros foram: Ricardo Veras, Walter Macedo, Max Quezado, Silvio Deusdará e Fernando Rocha Jr. Companhia da melhor qualidade.

Ausências sentidas:

Luciano Petri, Erick Vasconcelos, Chicão (estes três ainda em descanso pós Roth), Zé Filho, Lourenço, Carvalhinho, Kaká Queirós, Fernando e David Rodrigues.

Thomaz Borges já não conta mais! E viva a farra aos 20 anos de idade. Vai curtir, Thomazim!!

E vamos ao resto do domingão.... Abração!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

URUCUBACA



Acho que vou apelar para as forças ocultas, sobrenaturais, inexplicáveis. Sabe porque? Não bastasse a lesão no pé - a qual tanto já me tirou a paciência, atormentando meu juízo -, ontem apareceu-me uma leve contratura (não sei se o termo técnico correto seria este!) no lado direito da lombar.



Fui jogar basquete na  Beira-Mar de Fortaleza (na quadra de visual mais lindo do Brasil, quiçá do planeta - olha ela ali no canto inferior esquerdo da foto acima), e, acho que entrei no jogo sem o aquecimento/alongamento necessário. Resultado: logo no início, senti as costas. Mas continuei no jogo até o fim.

Em casa, à noite, a consequência veio sem dó nem piedade. Fui "agraciado" com dores insuportáveis nos músculos do lado direito das costas quando fazia certos movimentos. Preço a pagar: o treino de ciclismo desta quinta-feira foi "para o saco".

Caraca.... acho que ando sob uma nuvem negra, carregada de raios, despejando em mim toda a descarga negativa deste mundo.

Galera, mandem boas vibrações para mim. Vou mandar rezar uma missa. Passarei num terreiro de Umbanda e encomendarei um despacho para que esse encosto saia de mim. Contactarei Bispos e Apóstolos (assim auto-proclamados) para que intercedam nas "esferas superiores" em prol deste infeliz atleta amador combalido, sorumbático e taciturno, o qual já está resignado com a maré de má sorte.**

Sai pra lá, coisa ruim!!!!

Elano Ribeiro

**Sem preconceito a qualquer religião que seja. Vamos respeitar o ditame constitucional de lberdade religiosa. "Cada um no seu quadrado".

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Blog do Laprovitera: Fotografia

Lendo o interessantíssimo blog de Totonho Laprovitera, não pude deixar de dar boas gargalhadas com a postagem abaixo. Não poderia, também, deixar de compartilhar. Atentem para o nome da fotografia!!!

Blog do Laprovitera: Fotografia: "Na primeira fase do VI International Photography Digital of Taquary, me chamou atenção a foto 'Which way is she looking?', ou seja, 'Pra..."

Comentários

Caríssimos visirantes deste humilde blog,

Somente hoje percebi que a configuração do blog não estava permitindo o comentário de anônimos. Ou seja, somente quem tivesse perfil cadastrado no Google, ou OpenID, etc., poderia comentar.

Acabo de modificar tal configuração, facilitando, para o visitantes, a realização de comentários acerca das postagens.

Fiquem à vontade!!!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Treino de Ciclismo



Nesta terça-feira, São Pedro resolveu ajudar e não choveu. Encorajado, levantei logo no primeito momento em que o despertador do celular tocou (só vai assim!). Tratei de por a gororoba (suplementação) para dentro, pois, desta forma, não tem mais jeito de desistir. Ou o cara treina, ou o cara treina! E fui.

Encontrei com os "Comparsas Gigantes" no ponto de sempre, e fomos ao treino. Não sem antes parabenizar alguns companheiros pelos recentes feitos: Walter Macedo, pela excelente marca, com direito a recorde pessoal, na Maratona do Rio de Janeiro; e Erick "Miúdo" Vasconcelos, pelo belíssima prova no Challenge Roth - prova com distâncias de Ironman realizada na Alemanha -, também com direito a recorde pessoal.

O treino, em si, era de duas horas de pedal, com 4 tiros. Como bem disse outro companheiro de equipe, Ricardo Veras, a artilharia hoje foi pesada. "The Red Men" fizeram com que minhas pernas, neste exato momento que vos escrevo, trema incessantemente. Como é bom botar força! E vamos em frente!

Outro ponto muito legal do treino de hoje foi ver Kaká Queiros pedalando firme e forte! Muito bom!

O pelote estava, como de costume, fazendo bonito.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Uma província e seus médicos do esporte!!



Como todos vocês sabem, sou triatleta, viciado em atividade física, e, especificamente, amante da corrida. É sabido, também, que estou com uma lesão no pé direito há pouco mais de 01 (um) mês. Pois bem! Após tentativas de treinar, sentir dores, e apelar para paliativos, busquei os médicos. Não um médico tradicional, ou melhor, um ortopedista/traumatologista qualquer (comum), mas sim um que trabalhasse diretamente com o esporte. De preferência com o esporte de endurance.

Eis que começou um martírio!

Aqui em Fortaleza, conta-se nos dedos - de uma mão só - os médicos desta área (medicina do esporte). Assim, como não poderia deixar de ser, a procurar por estes profissionais é bem maior do que o normal. Além disso, tem a interminável guerra travada entre médicos e planos de saúde. Aqueles alegam a má remuneração oferecida pelos planos por seus serviços prestados. Os planos de saúde, por sua vez, tem o poder de ter o mercado (o consumidor) em suas mãos. Aos médicos, concluo, resta "baixar a cabeça" e aceitar.

Mas agora vem o grande problema da província onde vivo. Para os médicos "estrelas", a lei de mercado da oferta e da procura os favorece. A pouca existência de profissionais da área de medicina do esporte, aumenta o problema. O nicho está na mão de poucos, e o consumidor é o enorme prejudicado.

Explico. Tais médicos, mesmo atendendo através de planos de saúde dos mais diversos, cobram consultas particulares a preços de fazer cifrões aparecerem nos olhos do Tio Patinhas. O consumidor (principalmente os atletas, amadores ou não), tornou-se refém da situação. Ou espera semanas, até meses, por uma consulta através de seu plano de saúde, ou "coça os bolsos" e paga as "módicas" quantias cobradas pela consulta particular, conseguindo ser atendido no mesmo dia.

O que é de pasmar, é a coragem com que tais médicos elegem dias da semana para atender particular, e outros para atender pelos planos de saúde. Se são tão "estrelas" assim, porque não atendem somente particular? Porque não desistem dos planos? Precisam dos planos apenas quando lhes convém?

Querem apenas o melhor dos dois mundos!! E a ética que se dane!!

Pressupõe-se, por ser inerente à atividade, que um atleta seja mais saudável que a média da população, a ponto de nunca precisar ir aos médicos. O atleta paga, pois, o plano de saúde por anos sem precisar usá-lo. Entretanto, quando necessita, tem que pagar ao médico por fora, sob pena de ficar em inatividade por longo período.

Este é o problema vivido na província de Fortaleza. E, como não poderia deixar de ser (assim como em qualquer outro lugar deste mundo cada vez mais venal), o pensamento no $$$ vem antes de qualquer outro.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Causos lá de casa I



Em sentembro de 2004, criei um blog dedicado a contar, aos amigos, algumas passagens interessantes da vida daqueles que denominei de Ribeirada (Eu, minha digníssima esposa Susana, Leo e Sara, meus filhotes).

Tal blog sobreviveu até janeiro de 2006, e recebeu, neste período, boas histórias. Quando o leio, ainda fico impressionado como esse povo da minha família é louco!!! ehehehe... Para quem tiver a curiosidade de ler, e quiser dar umas boas risadas, basta acessar o ENLESA.

Assim, resolvi, neste blog atual, voltar a contar tais causos (novos, obviamente!). Afinal, este blog não pretende restringir-se às minhas experiências no Triathlon e nas Corridas.



E lá vem o primeiro (um tanto quanto escatológico - estejam avisados!!!)....

Estávamos em casa, Eu, Susana e Sara, prestes a sair. Como de costume, pedíamos à Sara, pela tricentésima milionésima vez, para que ela fosse tomar banho, pois eu e Susana já estávamos prontos. Ela, como de costume também, nos enrolava (é mestre nesta arte!!!!).

Quando eu já estava começando a ameaçar deixá-la em casa sozinha (técnica de psicologia infantil.... ou tortura...sei lá... eheheh), e ela já estava levantando-se para rumar ao banheiro, eis que adentra em casa, esbaforido e feito um raio, Leonardo. Sem pestanejar, resoluto, e sem fazer curvas, entrou no banheiro. O único barulho, depois disso, foi o da tampa do vaso.

Eu logo reclamei da Sara:

- Tá vendo! Você fica enrolando tanto, que o Leo acabou de ocupar o seu banheiro! Vai tomar banho no outro.

E ela retrucou:

- Vou nada! Água fria nem a pau!!!

Eu, que também não sou tão fã assim de água fria, concordei.

Leozão, nos auges de seus 12 anos (quase 13), está crescendo vertiginosamente, afinando o rosto, engrossando a voz, e ficando com aquele bigodinho safado de porteiro. O rapaz está na pré-adolescência, e, como não poderia deixar de ser, está comendo feito uma forrageira. Só Deus sabe o que ele põe pra dentro de si mesmo. Mas o problema não é o que ele come. O problema mesmo é o que o organismo dele não aproveita e põe pra fora. AAArrrghhhh!

Pois é... voltando ao nosso causo, o Leo sai do banheiro e, como consequência, destrói as nossas narinas. No mesmo instante, mando a Sara ir tomar banho, caso contrário, não esperaria mais por ela.

Ela levanta-se, olha para a mãe com aqueles olhinhos lindos, faz uma cara de quem está tomando coragem, e diz:

- Pronto! Preparada para o inferno!

Inspira fortemente, prendendo a respiração, e corre para dentro do banheiro! kkkkkkkk

Depois de muito rir, eu disse:

- Bem feito! Isso é castigo por não ter ido logo na primeira vez que pedimos!!!

COITADA!!!!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

TÔ FORA....



Agora é oficial! Estou FORA da II Etapa do Campeonato Cearense de Triathlon Olímpico.

Ordens superiores (médico/fisioterapeuta) são claras e precisas. Minha lesão até que apresentou melhoras consideráveis, porém, não estou perto de um retorno à corrida. Pelo menos já aceito a ideia com mais naturalidade, pensando em me dedicar mais ao ciclismo e natação. Talvez seja o momento certo de estreitar os laços com a água. Aconteceu com o ciclismo. Porque não pode acontecer também com a natação?

Agora, trabalho para ficar em boas condições para chegar "voando" nas provas de longa distância do final do ano.

É claro que fica uma sensação ruim. Principalmente por ter evoluído tanto na corrida, e, mormente, por estar ainda mais encorajado em fazer muito mais. Será que perderei muito? Não sei!!!! Tudo é novo para mim no que concerne às lesões em meio à prática do triathlon.

Mas, imbuído de uma visão otimista, concluo que, pelo menos, ganho mais esta experiência.

Noites Vazias




Vão-se, desde o primeiro beijo, aproximadamente 18 anos e 9 meses. Antes mesmo de casados, morávamos no mesmo prédio. O contato sempre foi muito próximo, volumoso. Casados, sempre juntos. Nenhum dia se passava sem que aquela pessoa maravilhosa fizesse parte dele; preenchendo-o, fazendo-o ter sentido. Fazendo a vida ter sentido. E assim foi.

Até que, 18 anos passados desta maneira, quis o destino que sonhos profissionais se realizassem. Mas tudo tem seu preço! Não obstante o enorme bônus trazido pelas mudanças da carreira profissional, o ônus veio pesado. Retirou a presença. Instalou a ausência. Dias incompletos. Histórias perdidas ao vento. Contar para quem? Olha-se para o lado e... nada se vê.

- Aaahhh [suspiro], ela está no trabalho! Agora, só no fim de semana.

E as histórias se perdem, mortas pelo impiedoso poder do tempo.

Finais de semanas deveras distantes, que nunca chegam. E quando chegam, vão-se em um piscar de olhos. Tempo cruel! Como pode ser tão relativo? Porque não te mantém o mesmo? Ou seja rápido, ou lento. Mas não brinque assim com o sentimento alheio.

Fazer o quê? A vida não é perfeita. E nem poderia ser, sob pena de se transformar no mais intenso tédio. No meu caso, o tédio está longe de ser real, pois vivo dividido entre a ansiedade da espera (semanas) e a plenitude das horas (fins de semana).

E eu fui ao treino...



Pois é...

Depois dos últimos acontecimentos, cheio de ânimo, fui ao treino de ciclismo desta quinta-feira. Impossível não ficar tenso com a lesão. E ansioso para ver como o pé iria se comportar no treino, e após.

Fui. Fiz o treino. Durante, senti muito pouco. Porém, agora, no pós-treino, tá incomodando muuuuuito.

QUE BELEZA! Acho que vou amputar essa porcaria de pé! [desespero total]

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Dia Mundial do Rock

Para quem não sabe, hoje é o Dia Mundial do Rock. O que fez o dia 13 de julho ser o escolhido para celebrar este fenomenal gênero mudical? Visite a Wikipédia clicando aqui e descubra.

Mas, para comemorar a data, indico um dos melhores álbuns ao vivo que este mundo já viu! Uma obra de arte do rock.

RUSH - Exit..... Stage left.

E viva o Rock ´n Roll!!!!!!!

Contra o tempo.

Dia 06 de agosto de 2011 será realizada a II Etapa do Campeonato Cearense de Triathlon Olímpico. Na primeira etapa, ocorrida em meados de abril, fiquei em 3º colocado na minha categoria (35-39 anos). Foi um resultado surpreendente para mim. Tal fato é mais um motivador para participar da segunda e última etapa, mas o tempo não está a meu favor.

Além de não saber se a lesão no pé possibilitará minha participação na prova, ainda tem o condicionamento físico. Sem dúvida, não estarei na minha melhor forma, assim como estava em abril. Mas, se eu puder participar, já será um enorme prazer.

Pelo visto, só saberei se poderei participar às vésperas da prova.

Amanhã tem treino de ciclismo. Vejamos como os tendões fibulares se comportarão!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Descobrindo um tesouro!

Após duas semanas totalmente parado, sem qualquer treino, decidi, na noite desta segunda-feira, 11, que iria fazer o treino de ciclismo da terça.

Tal decisão estava sendo trabalhada desde o final da tarde de ontem (segunda-feira), quando, ao esperar o término da aula de guitarra do Leo (meu filho), decidi ir para a Beira-Mar de Fortaleza rever os amigos do basquete. Como de costume, às segundas, quartas e sextas, entre 16:30 e 18h, sempre acontece o rachinha de trinca (linguajar usado no basquete).

Cumprimentado por todos, incontinenti, veio a pergunra:

- Vai jogar?

De pronto, numa espécie de reflexo condicionado, respondi:

- Não!

E fiquei assistindo o jogo por alguns instantes. Como o basquete é espetacular em sua plasticidade! É mesmo lindo! Uma arte! E EU NÃO AGUENTEI! Intimamente, mandei a lesão no pé "à merda" e entrei no racha, mesmo estando de calça jeans (naquele momento, a vestimenta não pareceu ser qualquer empecilho). No entanto, tratei de dizer que estava numa condição "meia-boca".

Joguei, ao todo, três partidas de 20 pontos. E, pouco a pouco, fui-me soltando. Arrisquei, inclusive, duas ou três infiltrações no garrafão. Mas isto não era o importante. O que verdadeiramente valeu foi a sensação de estar mais vivo do que nunca! Fui invadido por uma alegria imensa, e, sem dúvida, saí da quadra um homem muito melhor do que aquele que nela entrou. Chegada a hora de pegar o Leo na aula de guitarra, despedi-me dos amigos do basquete e fui.

 Ao chegar em casa, vi, via internet, as tratativas dos companheiros de equipe do triathlon quanto ao treino de ciclismo da terça. Decidi ir. E tratei de arrumar as coisas. Fui, primeiramente, pegar a bicicleta. Esta fica alojada na varanda, coberta por uma capa própria para tal fim.

Comecei a retirar a capa da bike e, para minha surpresa, ao tempo em que ela ía se mostrando, invadia-me outro sentimento muito bom. Percebi que não a via há duas semanas, e que o simples fato de estar admirando-a novamente já era o suficiente para me trazer alegria. Foi estranho! Foi bom! Foi uma sensação de quem está descobrindo um tesouro há muito tempo perdido.

Naquele momento, tive a confimação de que estava decidindo acertadamente. Eu tinha que ir treinar na manhã seguinte! E arrumei tudo em poucos minutos. Tudo pronto!

Mas.... quem disse que o destino não apronta suas ironias? Ele me faz passar por tudo isso, transforma minha alma, dá-me vida nova, e, na manhã seguinte, cai um pau d'água enorme, impossibilitando a realização do treino.

Nova lição! Ou seja, mesmo sem a possibilidade de treinar, ou melhor, mesmo sem ter realmente treinado, tudo mudou. O estado de espírito mudou. E a ânsia pelo treino de ciclismo da quinta-feira próxima cresce exponencialmente.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Momento de reflexão!

E o primeiro semestre de 2011 passou. E passou feito um raio! Óbvio que os treinos para um Ironman acabam por consumir horas, e estas consomem dias. E estes...passsam, e passam rápido!
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Chega o dia da prova. Você vai lá, faz, alcança seu sonho, tudo é festa! E depois? Hummmm....
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Muito ouvi falar sobre buscar motivação logo após o Ironman (p.ex.: novo objetivo, nova prova), para não correr o risco de entrar no chamado "Ironman Blues" (expressão americana utilizada para uma espécie de depressão pós-ironman).
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Achei, sinceramente, que não teria problemas com isso, pois amo treinar. Gosto mesmo! Arrisco dizer que gosto mais de treinar do que competir!
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Mas, talvez pela soberba de meus pensamentos, sobreveio uma lesão em meu pé direito, especificamente na região do tornozelo. Esta porcaria de lesão me impede de correr, tendo em vista as fortes dores na lateral do pé. Eu até que voltei a treinar, com a mesma vontade de sempre, mas a dor simplesmente impossibilita a corrida.
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Foi, então, que descobri que, para mim, a corrida é a pilastra central do triathlon. Sem ela, ainda que eu possa treinar o ciclismo e a natação, fiquei desestimulado de tal forma que, paulatinamente, comecei a faltar aos treinos. Hoje, no dia em que escrevo esta postagem, faz quase 15 dias que não treino qualquer das modalidades. E a cabeça "roda".... e os pensamentos voam.... Voam tão alto, ou descem a tal profundidade, que absurdos chegam a povoar sua mente! Absurdos impronunciáveis, irrepetíveis! Principalmente para quem tanto se acostumou a lidar com adversidades e sofrimentos mentais, aprendendo a administrar os mesmos, superando-os.
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Seria, pois, o único sofrimento capaz de derrotar um Ironman aquele gerado pela impossibilidade de treinar? Supera-se todo e qualquer sofrimento dos treinos, mas não se consegue superar o sofrimento da falta de treino?
Bom..... responderei em um futuro breve (assim espero)!

Ironman Brasil 2011 - Minha Experiência

Neste relato, deixarei de fora os comentários sobre o período de treinos, pois, caso assim não o faça, acabarei por escrever um livro.
Parti para meu primeiro Ironman com todas as incertezas de um calouro. Será que estou treinado? Será que arrumei tudo direitinho? O fato é que já estava em Jurerê Internacional e não havia mais nada a fazer em relação aos treinos, somente quanto aos últimos detalhes de logística para a prova.
Falando nisso, a logística para a prova já nos deixa em apreensão total. Tanto que, no Ironman 70.3 de Miami (meu primeiro longa, em outubro de 2010), acabei por ficar bem mais ansioso. E credito isto à logística. Fiquei tão preocupado com a logística para o Ironman Brasil que não deu sequer tempo de sentir aquela básica gastrite nervosa nos dias que antecedem a prova.
Com a ajuda de amigos mais experientes, tudo foi dando certo. Tudo preparado! Restava esperar pelo grande dia. A noite anterior foi mais tranquila do que eu esperava. Estava mais calmo do que deveria.  Na madrugada do dia da prova, ações simples como acordar, pegar as coisas e rumar para o local da largada, já estavam bastante confusas na minha mente. Já dava para notar a adrenalina correndo nas veias.
De roupa de borracha no corpo, fui para o local do início da prova. O trajeto rumo à largada é algo difícil de ser lembrado. Apenas “flashes” de alguns momentos. Uma espécie de êxtase tomou conta de mim. Encontrei alguns amigos. Muitos abraços e desejos de boa sorte.
Soa a sirene! É iniciada a tão sonhada jornada de um dia inteiro, para a qual dediquei longos cinco meses.
Natação! AAhhh... esta se configurava como a pedra no meu sapato. Não nado bem como gostaria, e fui com a intenção de sair da água feliz. Sabendo que o pior haveria de ter passado. Concentrei-me! Nadei na esteira de alguns, sentindo-me muito bem. Já era um ótimo sinal! Na primeira parte, senti um pouco de dificuldade em me orientar, pois o mar estava bem mexido, com grandes ondulações que impossibilitavam, em alguns momentos, a visualização das boias.
Terminada a primeira parte, quando estava passando pela areia, Leandro Macedo (meu treinador) gritou, dizendo:
- Elano, mantenha a direita! Mantenha a direita!
Atento àquela orientação, e voltando-me para o mar, olhei para o horizonte, no rumo da boia, e vi que todos estavam nadando num trajeto que parecia um arco. Ou seja, a corrente estava puxando para a esquerda, forçando todos a traçar um percurso maior. Mesmo sem esteira, resolvi manter uma linha reta. Mirei a boia, mantendo uma orientação bem melhor do que na primeira parte do percurso, e fui. Deu certo. Após o retorno da boia, voltei para esteira de alguns competidores.
O tempo foi passando e, quando percebi, a margem aproximava-se cada vez mais. Estava acabando aquilo que mais me preocupava. Mas não sem antes vir um grande susto. De repente, vi-me muito próximo às pedras e já na arrebentação. Uma grande massa de água com espuma empurrou-me para o fundo e para frente. Esperei o encontro com as pedras. Sorte minha que este não aconteceu. Subi. Difícil chegar à superfície. Fiquei atordoado. Já estava no meio das pedras com mais quatro atletas. Não dava para voltar. Escalamos as pedras para voltar à areia da praia. Era a única maneira de sair dali. Rendeu-me uns cortes no punho e na palma da mão.
Mas, ao pisar na areia e olhar para o relógio, todo o sufoco da saída do mar transformou-se em alegria. Tinha nadado 11 minutos a menos do que planejara. Era tudo que eu precisava para ir ao ciclismo com mais ânimo ainda.
Transição realizada com sucesso, tendo perdido apenas algum tempo para pôr os manguitos nos braços molhados, rumei para a área onde estavam as bicicletas.
Ciclismo! Tive a sorte de minha bike ficar posicionada muito próxima à saída. Corri rapidamente até lá e, na área de monte, ouvi os gritos de minha mulher e filhos. Não os vi. Mas apenas ouvi-los já foi extremante revigorante. Tudo estava correndo muito bem!
Subi na bike e parti para a segunda parte da jornada. A parte mais demorada. Estava sentindo-me muito bem, e o medo de forçar além do devido era companheiro constante. A média estava acima do que eu havia planejado, e isto assustava. Afinal, sempre ouvi falar que pagamos na corrida o preço do que praticamos no ciclismo. Mas fui mesclando o medo com um pouco de ousadia.
O tempo foi passando, e os quilômetros também. E agarrei-me na preocupação com a alimentação e suplementação como forma de ocupar a mente, afastando-me de pensamentos ruins. Notei que pouquíssimos atletas me passaram, e que passei muitos, mas muitos mesmo. Isto, de certa forma, também trouxe receio, pois eu não sabia se aquilo era fruto de um bom treinamento ou se eu estava realmente forçando além do necessário. Mas continuei na mesma toada.
Na Beira-Mar de Florianópolis, o vento deu as boas-vindas, e vi que muitos sofriam com a presença dele. O fato de treinar no Ceará, muitas vezes com muuuuito vento, acabou por favorecer aos cearenses.
Chegando para finalizar a primeira voltar do ciclismo, ouvi novamente os gritos da minha família, e consegui ver, de relance, meu filho Leonardo correndo no canteiro central da avenida. Mais um incentivo. Mais ânimo extra. Tudo corria bem até ali. Eu estava muito feliz.
Na segunda volta do ciclismo, principalmente na Beira-Mar de Florianópolis, pequena dor no pescoço começou a incomodar. Sair do clipe ali era o mesmo que apertar o freio. Mas tive que assim fazer algumas vezes para dar um descanso ao pescoço. Ainda assim, via que os atletas perto de mim sofriam bem mais que eu, e isto me animava, pois concluía que tinha treinado bem, e que o resultado da minha dedicação se mostrava ali, naquele momento.
Na volta, as pernas deram uma fraquejada nas duas grandes subidas da rodovia SC-401, mas não liguei para isto, pois a euforia em estar voltando, para finalizar mais uma parte da jornada, era bem maior.
Chegando em Jururê para finalizar a bike, eu estava realmente eufórico. Pedalar na Avenida dos Búzios olhando para a estrutura montada no Clube, prestes a entregar a bike e sair para a maratona, foi algo espetacular. A galera na lateral da pista, o clima de festa, tudo te eleva. Fenomenal! Vi novamente minha família aos berros. Olhei para o relógio e a média na bike novamente me surpreendeu. Pedalei bem melhor do que esperava! Tudo estava muito bem! E aquele medinho continuava latente.... ali....fazendo-se perceber de vez em quando.
Transição feita, com tranquilidade e rapidez. Comi um pedaço de melancia e de bolo, fiz xixi, e pus-me a correr.
Corrida! Eu estava me sentindo estranhamente bem! Inteiro! Olhei para o relógio e vi o pace. Opa! Muito forte. Mas eu achava que estava devagar. Segurei a onda e fui para o pace pré-programado.
Na saída, logo na primeira quadra, vi minha família mais de perto. Gritaram, deram força, correram comigo por uns 50 metros. E eu continuei. Estava bem demais para ser verdade. Não sentia nada de errado. Tudo certo! Foi assim até Canasvieiras. Vi que me aproximava do grande amigo e companheiro de treinos Ricardo Veras. Chegando nele, já após o retorno da volta de 21km, ele fala que não está bem e que vai apenas concluir. Eu, de pronto, o demovi da ideia, afinal, ele estava no seu terceiro Ironman.
Naquele momento, ele imediatamente “renasceu”, e voltou a correr bem. Porém, quase que no mesmo instante, veio-me imensa dor lateral. Gases. Preocupei-me demais com a hidratação durante o percurso de corrida, e acho que acabei bebendo demais, vindo a engolir muito ar. A dor impossibilitava que eu enchesse os pulmões, forçando uma respiração curta. Estava no quilômetro 11 da corrida. Ainda faltava muito. Eu tinha que buscar a recuperação.
Falei para o Ricardo, o qual pediu que eu andasse um pouco para a dor passar. Foi o que fiz. Coincidiu com as subidas de Canasvieiras (já voltando). Mas a dor não passava. Eu trotava, e andava. Buscava trotar por mais tempo, mas a dor não dava trégua. Segui. Ricardo partiu, voltando ao seu bom ritmo.
Quando a dor lateral provocada pelos gases diminuiu, vieram dores musculares no abdômen, não tão agudas, mas que também incomodavam. Corri assim os nove quilômetros que faltavam para fechar a volta de 21k, e ainda a primeira volta de 10km. No final desta primeira volta de 10km, tomei um copo de coca-cola dada em um posto de hidratação, e tive um pico de ânimo. Passei para fechar esta volta bem mais disposto. Olhei para o relógio e vi que faltavam 1 hora e 10 minutos para fechar as 11 horas de prova. Pensei comigo mesmo que era possível fazer esses dez quilômetros finais em menos que 1h10min. Terminar meu primeiro Ironman em menos de 11horas passou a ser o objetivo a partir dali, e o motivo que arranjei, psicologicamente, para me por novamente na prova de uma forma mais intensa. Fechar meu primeiro Ironman em menos de 11horas? Não havia imaginado isto nem mesmo nos meus melhores sonhos.
Baixei a cabeça e comecei a correr olhando para o chão. Neste momento, minha mulher e filhos pulavam ao meu lado, falando que faltava pouco e que estavam esperando para entrarmos juntos no pórtico final.
Olhando para o chão, aumentei o ritmo e não andei mais, com exceção de pequenas caminhadas nos postos de hidratação. Somente o tempo suficiente para mais meio copo de coca-cola. Aproximava-me de outros atletas vendo somente seus pés e pernas. E passava. E corria. E continuava. Como eu corria ali? Somente com a cabeça! As pernas estavam bem, não sentiram tanto. Mas as dores abdominais insistiam em puxar, alfinetar, contrair, etc. Mas, quer saber? Eu, hoje, quase não lembro delas naquela última volta. Minha cabeça isolou a dor. E sem remédio algum. Foi só a vontade mesmo. E eu corri.
Cheguei na parte duplicada da Avenida dos Búzios, e as penas em ritmo cadenciado, constante, não diminuíam nem fraquejavam. O pórtico que separava atletas que finalizariam a prova dos demais que ainda dariam outras voltas foi um empurrão nas costas, e o ritmo aumentou ainda mais.
As lombadas (quebra-molas) da avenida passavam feito raios. Desconhecidos gritavam meu nome. Eu apenas ouvia. Olhar fixo no fim da rua. Aquela leve curva para a direita tirava a visão do pórtico da chegada. Eu procurava a família. Nada deles ainda. Escurecia. Eu já não via o tempo no relógio. A incerteza de chegar abaixo das 11horas imperava. E eu corria! Corria!
As pessoas afunilaram a rua, formando um corredor humano de ânimo, gritos, emoção. A alegria que tomou conta de mim fez sumir qualquer dor, lembrança ruim, etc. Era só alegria. Só!
Vi minha mulher, Susana. Sorriso estampado (lindo, diga-se de passagem!). Meus filhos Leo e Sara estavam logo ao lado. Mãozinhas ansiosas pelas minhas. Mostrei-me preocupado com o tempo, ainda fruto da motivação que havia arranjado para o final da prova. Tratei de esquecer imediatamente e agarrei a mão do Leo, ao meu lado esquerdo, e da Sara, ao lado direito. Minha mulher Susana corria logo atrás de nós. O tapete azul já coloria o cenário iluminado, e a sensação de torpor me cegava. O relógio marcava 10horas e alguma coisa, sei lá.... não importava! O pórtico chegou!
Susana me alcançou e abraçou-me por trás. As forças foram embora e as pernas tremiam. Abracei a todos, num misto de vontade de tê-los próximos a mim com necessidade de apoiar-me em algo. E chorei! Chorei desavergonhadamente! Minha mulher me parabenizava e meus filhos me abraçavam. Eu só precisava daquilo. Mais nada!
Foram 10horas e 54minutos intensos e emocionantes. E tudo se resumia àquele instante!
Após sair da estrutura da chegada, ouvi da minha filha a seguinte frase:
- Pai, eu nunca te vi chorar! Ainda bem que é de felicidade!
Quase choro de novo! Ehehehe....
Valeu a pena! Cada minuto dedicado nestes 5 meses, foi muito bem aplicado.
Obrigado, Leandro Macedo! Obrigado, amigos da Equipe Top Sports Fortaleza!
Resumo:
Natação surpreendente
Ciclismo espetacular
Corrida boa (poderia ter sido melhor).