Ironman Brasil 2011

Ironman Brasil 2011

sexta-feira, 13 de abril de 2012

A esquecida natação!



Sou triatleta. Isto é fato! Porém, é notório que os assuntos abordados aqui neste blog são, quase que totalmente, relativos à corrida e ao ciclismo. A coitada da natação acaba sempre em segundo plano. Muito falo sobre corrida e ciclismo. Os treinos de ciclismo são emocionantes; já os de corrida são instigantes. Mas e a natação?

Confesso que isto pode ser uma característica minha. Ou seja, minha valoração à natação não ser a adequada para quem pratica o triathlon.

Sou egresso da corrida, e, portanto, um apaixonado pela modalidade. O ciclismo, por sua vez, é bem difícil no começo. Nos treinos iniciais, via todos indo embora, e eu, esbaforido, perguntava-me:

- Como pode? Estou aqui quase infartando, e esses caras indo adiante, deixando-me longe, e ainda aparentam nem estar fazendo força!

Apesar deste início, o ciclismo vai te cativando, mostrando a emoção da velocidade. Aos poucos o condicionamento vai sendo alcançado e a emoção só cresce. Assim, ainda que um pouco mais lento que a corrida, o ciclismo também vira uma paixão.

E a natação?.... E A NATAÇÃO?....Hummm...

A natação se dá em ambiente que o corpo humano não está assim tão adpatado. O início é muito mais árduo do que o do ciclismo, e não tem a emoção da velocidade para te cativar e fazer insistir. Ou seja, as dificuldades se apresentam bem mais do que o prazer. Para quem nunca nadou quando criança (falo de treinos, escolinha), a coisa se torna ainda mais complicada. Os primeiros dias são um martírio. A respiração, a posição, a mecânica, etc., tudo parece ser demais. São muitos pequenos detalhes a serem combinados de uma vez só. O desestímulo parece ser uma sombra constante!

No meu caso particular, ainda tive muitos problemas de câimbras no início. Sempre que saía da água, mais especificamente, quando meu corpo voltava a ficar na posição vertical, minhas panturrilhas entravam numa contração insana. Fortes câimbras! Esta característica fez-me sofrer muito numa prova de Triathlon Sprint, em fevereiro do ano passado (2011). No entanto, a insistência, ou seja, treinos e mais treinos, fizeram com que estas câimbras ficassem no passado. Ainda assim, os treinos de natação continuavam sendo muito mais uma obrigação do que uma diversão, um hobby.

É óbvio que não posso falar por todos. Aqui, comento apenas a minha experiência pessoal. Como diria Chicó: Não sei, só sei que foi assim!

Entretanto, quando da visita de Reinaldo Colucci (muito comentada aqui no blog), tive a chance de o ver treinando natação, bem como recebi inúmeras dicas. Enquanto Colucci nadava, seu treinador explicava muita coisa, dando informações interessantíssimas. Ainda tive a oportunidade de ver Kal Aragão nadar lado a lado a Colucci. Foi realmente interessante vê-los. Os estilos completamente diferentes. Reinaldo compensa uma técnica menos apurada com muita força, e, principalmente, com pernadas fortíssimas. Aquilo chamou-me a atenção.

Desde então, a natação tem deixado, paulatinamente, de ser uma obrigação. Pus em prática algumas das dicas e senti meu corpo bem mais alinhado à superfície da água, diminuindo o arrasto do famoso nado de pescador de lagoa. Estou saindo da piscina com o sentimento de dever cumprido, mas, principalmente, estou FICANDO na piscina com vontade de realizar o treino.

Este texto, por exemplo, é fruto de uma sensação muito boa sentida durante o treino de ontem, quinta-feira, dia 12 de abril, o qual tive o prazer de fazer a série principal com Carvalhinho. Foi show!

A verdade é que ainda estou muuuuuito aquém de ser um bom nadador, e sempre tenho que, ao sair da água, "correr atrás do prejuízo" nas provas de triathlon. Entretanto, o prejuízo, a cada dia que passa, está menor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário