Minha individualidade já não é. Era. Inexiste.
Esvaiu-se silenciosamente, absorvida pelo maior poder do mundo.
Absorvida sem oposição. Inerte. Quase consciente, mas inerte.
Não sou mais um. Sou dois. Não! Sou um, mas um muito maior. Um que já foi dois.
Hoje, olho-me no espelho e vejo meio.
Meio muito mais feliz do que aquele um de antigamente. Meio maior do que aquele um.
Metade de algo enorme. Metade de um todo indivisível. Metade daquilo que não pode ser mensurado.
Hoje, sou um, mas não sou eu. Sou mais! Sou completo. Sou vida. Vida completa!
Hoje, impossível retornar àquele eu original, incompleto, pequeno, vazio. Impossível!
Metamorfose irreversível. Lagarta; borboleta! Feio; belo! Só; par!
Par de um. Par de tudo. Fusão.
E o que hoje sou? Nós?
Não!!... sou OUTRO. Outro ser maior do que um só indivíduo.
Sou par; sou eu e ela em um só. Somos um.
Somos aquele UM que descobriu o maior poder do mundo: o verdadeiro amor.
(Elano)
Ironman Brasil 2011

segunda-feira, 29 de agosto de 2011
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Red Team Triathlon
Muito falo sobre minha equipe, mas pouco mostro. Tentarei, daqui por diante, postar algumas fotos. Não será fácil, pois isto envolve levar uma máquina fotográfica aos treinos. Nos treinos de ciclismo, como saímos pedalando de nossas casas, não será simples levar esta máquina e treinar com ela. Mas, como falei, tentarei.
Vale dizer, por oportuno, que a equipe anda bastante empolgada. E não falo só de treinos. A cabeça da galera anda em efervescência, e, como consequência, inúmeras ideias estão surgindo. Acredito que muitos frutos serão colhidos nos próximos anos em função das ideias que ora estão em fase embrionária.
Na foto de hoje, da esquerda para a direita, estão: Luciano Petri, Rommel Reno, Ricardo Veras, Chicão e eu. Registro e arte feitos pelo amigo corredor Marco Ribeiro, na Beira-Mar de Fortaleza, na última sexta-feira, 19.08.2011. Aos poucos, mencionarei e mostrarei os demais integrantes da equipe.
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Alquebrado
Para quem não sabe, o Dia de Nossa Senhora da Assunção, Padroeira de Fortaleza, foi ontem, 15 de agosto. E, por força de Lei Municipal, é feriado em Fortaleza. Assim, tivemos um feriadão.
Para quem gosta de esportes, um feriadão destes é um prato cheio. Oportunidades não faltam para a prática de qualquer atividade física que seja. No meu caso, a famigerada planilha previa 80km de ciclismo no sábado, e um duatlo (60km bike + 16km run) no domingo. Como se vê, a diversão já estava garantida.
No sábado, o treino foi concluído perfeitamente, dentro do ritmo exigido pela planilha. Entretanto, eu e alguns companheiros de equipe ainda fomos nadar no aterro da Praia de Iracema no sábado à tarde. Mais 1.600m de natação para a conta, concluídos de forma bem moderada.
No domingo, a parte do ciclismo era bem variada, e exigia muita força. Mas foi concluída normalmente. Entretanto, o preço foi pago na corrida. O efeito dos quase dois meses sem correr ainda está presente. Não aguentei os 16km e fiz apenas 10km. O desgaste do ciclismo, o sol - que estava insuportável -, e o tempo sem correr, fizeram com que eu não concluísse o treino. Mas fiquei bastante feliz. Corri sem dor no pé, fato que mostra que a lesão está cedendo a cada dia.
E mais. Interrompi o treino sem qualquer peso na consicência, pois era até bom chegar em casa mais cedo naquele Dia dos Pais.
Encerrados o sábado e o domingo, eis que veio o feriado da segunda-feira. A planilha previa natação no mar, a qual foi realizada pela manhã. Foi espetacular. Mar verdinho, água transparente, e sem nenhuma ondulação. Uma piscina! Iniciamos às 7h. Nadamos cerca 1.700m. Após o treino, muito bate-papo com água na cintura.
Achando que a coisa tinha acabado, recebo o convite de minha mulher para fazer uma aula de funcional (o termo mais correto seria Sistema de Movimento Integral) na academia que ela frequenta. Tratava-se de uma aula aberta a convidados e professores de outras academias. E fui.
A tal aula começou às 09:30, e terminou apenas 11:15. Caraca!!!! Eu estava esgotado. Já fiz aulas de funcional durante o primeiro semestre, mas nunca uma com tamanha duração e exigência de esforço. Some-se a isto o fato de eu já estar bastante desgastado dos treinos do fim de semana. Resultado: estou todo ALQUEBRADO! Destruído! Dói tudo!
Mas como tinha treino de ciclismo nesta terça-feira pela manhã, tratei de acordar, e fui! Mais 66km. Esta é a vida do triatleta. Que beleza! E não adianta achar absurdo, não! É assim mesmo. E é bom demais! Quer tentar? Esteja convidado...
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Tiroteio na Beira-Mar. Deu até polícia!
Hoje o treino de corrida previa 10 tiros curtos e um longo ao final. O aquecimento já não foi fácil, pois eu ainda preciso voltar a minha melhor forma, visto que estava parado há quase dois meses em função da lesão no pé direito. Falando nela, a danada ainda está aqui, e "avisa", de leve, sempre que a intensidade da corrida aumenta.
Após o aquecimento, fomos aos tiros. Já no final da séria de 10 tiros, nos deparamos com uma senhora aos prantos, sentada em um dos bancos da Beira-Mar, próximo ao chamado aterrinho (Praia de Iracema). A Flávia, mulher de nosso amigo Luciano Petri, já estava conversando com a chorosa senhora. Imediantamente, perguntamos o que acontecia. Resposta:
- Foi um assalto! Três homens tomaram o celular dela.
No reflexo, perguntamos o rumo que os meliantes foram, na intenção de os procurar. Mas fomos informados que já havia decorrido algum tempo.
De repente, eis que para um carro do Ronda do Quarteirão (projeto da polícia do Estado do Ceará). O policial, pela janela do carro, pergunta se o celular que ele segurava na mão era de algum de nós. A senhora logo reconhece o telefone e afirma ser o dela. O policial desce do carro e se aproxima. Diz que os três assaltantes estão presos dentro do carro, e que o celular será devolvido para a senhora na delegacia, após procedimentos necessários.
A mulher, turista, ficou encantada. E nós tentamos amenizar a constrangeroda situação de ver uma turista ser assaltada em plena Beira-Mar de Fortaleza. Diga-se, de passagem, que ela estava num trecho mais afastado e sem grande movimento. No entanto, nada justifica tal ocorrência, mormente quando estamos falando de um dos pontos mais visitados da Capital Alencarina (Beira-Mar e Praia de Iracema), onde, inclusive, concentram-se os melhores hotéis.
Passado o episódio do roubo, voltamos ao treino. Eu, no íntimo, dei graças a Deus pela parada forçada. Estávamos no fim dos tiros curtos, e meu coração já estava na boca. O tempo que ficamos amparando aquela senhora foi o suficiente para eu "engolir" o coração de volta para seu lugar habitual.
No darradeiro tiro, bem mais longo que os 10 primeiros, não teve jeito, quebrei. Só consegui a metade dele. Mas, de qualquer forma, estou muito feliz. TÔ VOLTANDO!!!!!
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Giro com Luciano Pagliarini
Hoje, 11 de agosto de 2011, nossa planilha previa um treino de ciclismo de 90 minutos de giro. O treino, basicamente, era um recuperativo, tendo em vista os treinos bastante intensos dos dois dias anteriores.
Acordado pelo alarme que acabara de tocar, olho pela varanda e constato leve chuva que caía na região da Praia do Futuro, Dunas e Cocó. Logo pensei: será que vai "rolar" o treino?? Sendo apenas giro, numa manhã nublada, de chuva leve, a vontade de voltar para a cama aumenta de forma colossal!
Mas, especialmente hoje, tínhamos um motivo extra. E que motivo!! Teríamos a honra de treinar na companhia de Luciano Pagliarini. O céu abriu e fomos ao treino (obrigado, São Pedro!!).
Foi um giro de muita conversa, realizado na PAT (Av. Padre Antônio Tomás - Fortaleza/Ceará). Só assim para podermos aproveitar um pouco mais da belíssima paisagem das dunas e do mar da Praia do Furuto, e da barra do Rio Cocó.
Quem quiser saber um pouco mais sobre Luciano Pagliarini, clique nos links abaixo:
Treinar com pessoas assim, ícones do esporte nacional (ainda que sem a valorização devida), renova nosso amor e motivação pelo esporte que escolhemos para praticar.
terça-feira, 9 de agosto de 2011
As figuras da Beira-Mar de Fortaleza.
Para quem não sabe, a avenida Beira-Mar de Fortaleza é o local que a maioria dos fortalezenses escolhe para correr. Não sem motivo. Pode-se dizer que temos o privilégio de correr num cartão-postal.
Não obstante a beleza da paisagem e a aprazível atmosfera que a envolve, misturam-se a ela figuras das mais variadas. Não raro, deparamo-nos com algum fato inusitado protagonizado por um destes "ilustres" transeuntes.
Na última sexta-feira, 05 de agosto de 2011, parte de nossa equipe de triatlo se reuniu para mais um treino de corrida. O local foi o de sempre, a saber, o chamado ponto 0 (zero) da Beira-Mar, em frente ao Boteco Praia, perto do Marquinho do Côco (para quem não sabe, Marquinho tá no facebook - Marcos Sousa. Dá-lhe Marquim!!).
Iniciado o treino às 06 horas da manhã, estávamos já nas proximidades do Náutico Atlético Cearense, quando vejo, ao longe, uma figura esquálida, apenas de bermuda, corpo com manchas de sujo, pés descalços, cabelos totalmente disformes, à beira do calçadão, olhando para todo e qualquer corredor que passava.
Quando chegamos mais perto, noto que seus olhos estavam "à meia luz", "farol baixo", e vermelhos como ferro em brasa. Conclusão: um bêbado! Vi, também, que falava algo para todos os corredores que passavam. E a nossa vez estava chegando.
Ao passarmos pelo lado do bebum, ele nos olha com a calma inerente a todo embriagado, estica o pescoço como se fosse uma girafa, forçando a voz embargada a sair, e diz:
- Ei....(pausa)..... cêis tão ino onde cum tanta pressa?
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Triatlo no Ceará - Crescimento
De proêmio, insta dizer que as considerações que farei aqui não são fruto de nenhum estudo ou pesquisa aprofundados, e restrigem-se à minha visão como um mero praticante do esporte. Ou seja, é uma coisa bem pessoal, mas é assim que vejo a situação.
Despiciendo dizer que o triatlo cresce exponencialmente no Brasil. No Ceará, então, a coisa chega a ser assustadora. Iniciei nas corridas em julho de 2008, e enveredei pelo triatlo no final de outubro de 2009. De quando iniciei no triatlo até hoje - e isto tem menos de 2 anos - já vejo que o número de praticantes cresceu notoriamente.
O Ceará, salvo engano, está entre os três estados do Brasil com maior número de atletas federados. E a coisa tem ficado cada vez mais emocionante. A crescente demanda trouxe como consequência a expansão das assessorias esportivas já existentes, bem como o surgimento de novas opções de treinamento, novas assessorias esportivas.
As assessorias esportivas de corrida já proliferavam aos montes. Mas este fenômeno ainda não tinha atingido o triatlo. Tínhamos duas ou três com prestação de serviços à contento para o que se espera de treninamento para triatlo. Pode-se até dizer que tínhamos outras. Mas estas eram assessorias esportivas de corrida que queriam oferecer o serviço para triatletas sem, contudo, ter a expertise necessária para tal. Tanto assim que acabaram por ficar somente com corredores.
Entretanto, com a crescente demanda, como já falei alhures, novas opções estão surgindo no mercado. Educadores Físicos estão buscando especialização na área, fazendo cursos em São Paulo com renomados triatletas da cena nacional. Além disso, atletas profissionais, com formação na área, começam a prestar serviços aqui em Fortaleza.
Assim, hodiernamente, temos as assessorias esportivas de triatlo locais e outras localizadas nas mais variadas cidades do Brasil, mas que também prestam serviço aqui. Estas últimas, apesar da ausência do técnico no dia-a-dia do atleta, não são menos importantes do que aqueles que têm sua estrutura completa em Fortaleza. Tais técnicos costumam atender seus atletas via internet (emails, skype, etc) e fone, e os visitam esporadicamente, dando atenção integral no tempo em que aqui ficam.
O triatleta cearense, pois, quando da escolha da assessoria esportiva, há de sopesar as inúmeras variáveis existentes: a) sua condição física; b) se possível, obter informações de como é o perfil do grupo que já pratica naquela assessoria; c) conversar com os treinadores e obter informações de locais e metodologia de treinos; d) estrutura oferecida pela assessoria; e) custos; f) horários de treinos; g) necessidade de contato pessoal diuturno com o técnico; h) objetivo: performance ou não?; etc...
IMPORTANTE!!! Um amigo meu mencionou, ainda hoje, passagem do livro do MACCA, a qual é muito pertinente para o momento. Assim diz: "Não adianta ter o melhor técnico do mundo. O que importa é ter o melhor técnico para você."
O fato é que o grande beneficado com a atual situação é mesmo o triatlo cearense. A FETRIECE, por sua vez, faz excelente trabalho, sendo bem atuante e organizando provas para manter a cena local sempre ativa. O calendário anual está cada vez melhor, e as provas vêm recebendo melhorias constantes. A FETRIECE, ainda, é merecedora dos melhores encômios pelo trabalho social com os Núcleos de Alto Rendimento, os quais dão oportunidades a crianças carentes, transformando-as em verdadeiros atletas, e, muitas vezes, dando-lhes a chance de ingressar no esporte profissional.
Por fim, gostaria de citar algumas assessorias esportivas/equipes existentes aqui no Ceará, sem fazer, aqui, qualquer juízo de valor, discriminação ou graduação do serviço oferecidos pelas mesmas. Lá vai:
Equipe Hooters/Bransk/TopSports (da qual faço parte) - Técnico - Leandro Macedo (Brasília)
Zonaalvo Assessoria Esportiva - Técnico - Rafael Leitão
Santiago Ascenço Assessoria Esportiva - Técnico - Santiago Ascenço (Goiânia)
Raul Furtado Team - Técnico - Raul Furtado (Rio de janeiro)
Triativo Assessorira Esportiva - Técnico - Tiago Mohana
Diogo Porto Team - Técnico - Diogo Porto
Ares Consultoria Esportiva - Técnico - Heraldo Viana
Desculpem-me as que não estão na lista acima. Não é a intenção deste blogueiro excluir ninguém. Se aí não estão, ou foi por esquecimento, ou, desconhecimento. Como falei logo no início desta postagem, aqui consta apenas a minha visão, a qual, sem dúvida, é somente mais uma dentre tantas. Não querendo dizer que seja a correta.
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Eita povinho educado!!!
Não são raros os episódios de falta de educação dos motoristas quando "dividem" as estradas e demais vias com os ciclistas. Qualquer pessoa que pedale tem pelo menos uma história para contar.
Hoje, 02 de agosto de 2011, aconteceu comigo algo, no mínimo, curioso. Deram uma fechada no pelotão? Não. Puseram a cabeça para fora do carro e xingaram? Não. Passaram "tirando uma fina" e buzinaram longamente? Não. Olharam de cara feia fazendo gesto com a cabeça de forma negativa? Não.
Curiosos? Então vamos ao que interessa.
Hoje o treino de ciclismo era apenas giro. Estávamos, pois, girando e batendo aquele papo. De repente, sinto um pancada nas costas. Algo como uma pequena pedra atingiu-me em cheio na parte superior das costas, quase no ombro, aproximando-se da nuca. Aquela reação de esquiva involuntária, reflexo, foi inevitável e ineficaz. A dor veio, mas, não com a intensidade de uma pedrada. Estranhei.
Imediatamente, reclamei do ocorrido para o Lourenço (um dos gigantes integrante de nossa equipe de triatlo). No mesmo instante, passa ao lado um caminhão. Lourenço conlcui e fala que deve ter sido uma pedra jogada pelas rodas do caminhão. Concordei. Assimilei o golpe e seguimos em frente.
Terminado o treino, chego em caso e vou para o renovador banho antes de rumar ao trabalho. Ao passar a mão na cabeça, veio a surpresa. Uma bola maleável estava entranhada em meus cabelos, bem próximo à nuca. Usando o tato, tento identificar aquilo. Diagnóstico: CHICLETE.
Algum filho de uma p... com educação recebida num dos piores chiqueiros deste "país de letrados" jogou a tal bola de chiclete em mim, a qual veio a repousar em meus cabelos. Vale lembrar que tal chiclete deve ter sido mascado por alguma "maravilhosa" boca, na qual faltam, pelo menos, uns 08 (oito) dentes. Puuuutz!!!!
Resultado: uma mecha a menos de cabelo, pois a coisinha só saiu mediante a ação de uma tesoura.
A educação, ou melhor, a falta desta, é, sem azo a qualquer dúvida, o maior problema que enfrenta este país.
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
EU CORRI
E o final de semana passado foi de surpresas. Boas e ruins. Mas, com saldo positivo.
A semana passada já havia começado com uma planilha de treinos, no mínimo, instigadores. Teríamos, na terça e na quinta, ciclismo + corrida. E, no sábado, um treino que me deixa alucinado: corrida + ciclismo + corrida. Não obstante a planilha "de babar", eu ainda não poderia correr em função da famigerada lesão no pé direito (edema ósseo no tálus e tenossinovite dos fibulares). Conformado, ansiava pelos treinos de ciclismo. E assim a semana transcorreu.
Chegado o final de semana, a noite de sexta foi um martírio. Minha garganta ficou tão irritada que parecia haver dois gatos pedurados pelas unhas em cada amigdala. Não bastasse a absurda irritação, o nariz teimava em congestionar forçando a respiração pela boca. Tal fato só piorava a condição da garganta. Estava anunciada uma gripe. E assim a noite demorou séculos para passar.
O alarme tocou. Sentei. Vou ou não vou? Eis a questão! Não era uma decisão simples, tendo em vista que eu havia sentido uma melhor substancial no pé lesionado. Naquele dia, sábado, arriscaria correr bem leve antes de pedalar. Assim, faria o teste para ver como o pé estava e, ainda, sentiria o gostinho do maravilhoso treino de duatlo.
Mas o mal-estar era gigante, e sucumbi à razão. Não era razoável treinar naquelas condições. Peguei meu celular, olhei o twitter, e vi que os triatletas cearenses já estavam ensandecidos no período pré-treino de sábado (eita cambada de viciado!!!). Avisei aos companheiros de equipe que não iria. E deitei. E dormi.
Tudo indicava que seria mais um sábado, de longos dois meses, sem correr.
E os ventos mudaram. E poucas horas passaram. E eu acordei. E aquele anjo ao meu lado, iluminado por alguma força extraordinária, perguntou porque eu não havia saído para treinar. Expliquei. E recebi, imediatamente, um convite:
- Vamos correr comigo! Vamos! Bem leve. Não vai fazer mal.
E eu respondi:
- Sabe de uma coisa? Vou sim!
Nos arrumamos e fomos correr no Parque do Cocó, próximo à minha casa. A tensão era constante. Como a lesão no pé reagiria? Será que ela ainda estava lá? Será que aquele sábado, que iniciara de forma tão melancólica, continuaria a maltratar-me a alma? Mas encarei.
Minha mulher puxava conversa. Entreter-me parecia sua estratégia. Tirar minha ansiedade era o objetivo. Entrei na onda. Conversamos sobre muitas coisas. E a corrida seguia suave, com pace aproximado de 6:30min/km. Chegando, ao máximo, aos 6:00min/km.
Chegamos aos 3km percorridos, e ela disse que era a hora de voltar. Ótimo. Correríamos 6km. Mais que isso seria exagero para quem estava voltando a correr. E até ali, nada de dor. Vários movimentos foram feitos. Arrisquei alguns que costumavam incomodar mais. Nada de dor.
A volta parecia mais lenta. Sensação desmentida pelo GPS do relógio. O fim aproximava-se, e nada de sentir dor. Que bom. Seria possível?
Terminada a corrida, lembrei-me que a garganta arranhava e o nariz estava completamente congestionado. Mas eu só percebi ao final. Comentei com minha mulher que não havia sentido nada, e que restava esperar pelo resto do dia para saber como o pé reagiria no pós-treino. A dor viria? Inchaço? Suspense para um dia inteiro.
Tirante a apreensão pelo resultado final daquela corridinha, meu dia estava salvo. Eu estava salvo. A gripe veio e se instalou de vez. Coriza. Rouquidão. Etc. WHO CARES??? Eu corri, CARACA!!! E o dia passou, e o pé não doeu. F...-se a gripe!!! Eu corri.
E agora, estou na pilha! Ansioso pelo próximo treino. Ainda temeroso. E tentando segurar a onda para não extrapolar. Calma é a palavra de ordem.
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